dualism


Choro ao ler Anatomia Cardíaca, N.
Talvez porque tenha tentado eu escrevê-lo o dia inteiro. Talvez porque acho que tenha perdido uma chance. De ter batido uma foto já não-amarelada. Chance de trocar o som monótono de metal que bate e bate e bate até escorrer faísca. Ou Talvez por achar que nunca tinha tido uma chance. De encontrar essa coisa que corrói o peito, essa que visita Malarmé e Valerie a doidado e aí inclina a cabeça para trás e viaja... Ou porque tenha dado uns pegas. Não no sentido literal, infelizmente, e não! Meu charme não é barato, não é barato não, rapá!
Seca. Pós-moderna pro caralho.
Quero ser o abrigo, a casa, o tapete, o chá, a única mesa no fundo do bar e quero saber rimar, mais complexamente, pois assumo-me complexa e detesto complicação e sou chata até não poder mais mas você é tão mais chatinha!
Minha, foi.
Perdi a noção do Português. Por que quis o novo verbo, os novos pronomes, a nova sintaxe, as novas normas, a mais nova semântica da tua pele.
Estou cruzando uma linha que não devo. Fixo-me num ponto e atravesso.

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